O exercício é coorganizado pela Marinha Francesa e pela Arquitetura de Segurança Marítima da região, contando com a participação de 18 países costeiros, incluindo São Tomé e Príncipe, que desempenha um papel ativo na Zona D — um espaço estratégico que abrange também Camarões, Nigéria e Guiné Equatorial.
Na cerimónia de abertura, o representante nacional destacou a importância estratégica da cooperação marítima e da segurança regional:
“O Grand African Nemo representa mais do que um treinamento conjunto. É a materialização da nossa visão comum de um domínio marítimo seguro que sustente a economia azul e proteja as comunidades costeiras.” Horácio Castro da Trindade de Sousa / Ministro da Defesa e Ordem Interna STP

Durante o exercício, serão realizados cenários operacionais complexos, incluindo busca e salvamento marítimo, interseção de pesca ilegal, resposta a pirataria e roubo armado, bem como operações de vigilância e partilha de informação entre centros de comando regionais.
O evento mobiliza cerca de 700 quadros nacionais provenientes de diversas instituições, entre as quais:
Ministério da Defesa
Ministério dos Negócios Estrangeiros
Ministério da Saúde
Procuradoria-Geral da República
Instituto Marítimo e Portuário
Polícia Nacional
Polícia Judiciária
Direção das Pescas e Aquacultura
Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros
Serviço de Migração e Fronteiras
O Capitão de Fragata Marcos de Souza Monares, da Missão de Assessoria Naval do Brasil, coordena o exercício de busca e salvamento, sublinhando a relevância do treino conjunto:
“Este exercício permite-nos treinar procedimentos standard, reforçar a cooperação e melhorar a capacidade de resposta em situações reais.”

O Primeiro-Tenente Pedro José Vasconcelos de Silva, comandante do NRP Central, lidera o cenário operacional de combate à pesca ilegal, uma das principais ameaças à economia marítima da região.

No final da cerimónia, foi deixado um apelo ao compromisso e à cooperação entre todos os participantes:
“Que este exercício seja um marco de sucesso e um passo firme rumo à paz nos nossos mares.”

O Grand African Nemo 2025 decorre até 17 de novembro, com operações simultâneas em vários países da Zona D, consolidando o papel de São Tomé e Príncipe como um parceiro ativo na segurança marítima regional e na promoção de um Golfo da Guiné mais seguro e sustentável.
Ficha técnica:
Jornalista: Varela Tavares
Imagens: TVS
Edição: André da Trindade