A falta de materiais essenciais como área, pó de pedra e outros agregados está a comprometer o ritmo de várias obras públicas em curso na Região Autónoma do Príncipe (RAP).
Empresas do sector da construção civil manifestam preocupação com os sucessivos atrasos, resultantes da dificuldade em adquirir os insumos necessários para o cumprimento dos prazos estabelecidos.
Um dos casos mais visíveis é a empreitada da estrada em calçada que dá acesso à comunidade da UNITEL. A obra, que nesta fase já deveria aproximar-se da conclusão, encontra-se praticamente estagnada devido aos constrangimentos no fornecimento de materiais. Situações semelhantes repetem-se noutros pontos da ilha, comprometendo o plano de execução de infraestruturas públicas.
Com este cenário, o Governo Regional reuniu-se esta terça-feira, 2 de dezembro, com as principais empresas de construção civil que operam na ilha — maioritariamente nacionais — para avaliar os entraves e procurar soluções conjuntas.
O encontro, de carácter alargado, teve como principal objetivo alinhar estratégias que permitam minimizar o impacto da escassez de materiais.
Durante a reunião, o Executivo da RAP assumiu o compromisso de reforçar o apoio às empresas, oferecendo cobertura e suporte no processo de aquisição de matérias-primas. Em contrapartida, espera-se que as construtoras possam cumprir com os cadernos de encargos e recuperar o tempo perdido, idealmente antes do início do novo ano.
A Ilha do Príncipe, que celebra 13 anos como Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO, continua a apostar firmemente na conservação dos seus ecossistemas e no desenvolvimento sustentável. No entanto, permanece um desafio encontrar soluções de mercado viáveis para o abastecimento regular de materiais de construção, incluindo a introdução de alternativas que respeitem o equilíbrio ambiental da região.
Apesar dos obstáculos, há expectativa de que o diálogo permanente entre governo e setor privado resulte em medidas eficazes que permitam dar continuidade às obras públicas e garantir melhores condições de vida às comunidades locais.
Por: Alexander Martins
GLEBA TV 2025