OS moradores da localidade de Cola Grande realizaram, nesta quarta-feira, uma barricada em protesto contra a atividade de britagem de pedras desenvolvida pela empresa Samulin Xpress Construtora, Lda.

Segundo a Comissão dos Moradores, a manifestação é uma forma de contestar a possível retoma da britagem, atividade que havia sido suspensa no mês de agosto pelas autoridades competentes.
Anselho Neto | Comissão dos Moradores de Cola Grande
“Estamos numa luta há mais de três anos. Fizemos uma barricada em agosto com o objetivo de proteger a vida da população. Recebemos agora a informação de que pode ser cancelada a suspensão da britagem, e isso nós não vamos aceitar.”

De acordo com a Comissão a população afirma que não é contra a extração de pedra bruta, mas rejeita a transformação do material dentro da localidade, por alegados riscos à saúde.
“A licença ambiental é uma autorização para exercer uma atividade, mas
essa atividade tem de ser sustentável e em conformidade com a legislação
nacional. Aqui, dentro de uma localidade habitada, isso não é aceitável.”
A comissão dos moradores rejeitam informações que circulam sobre uma suposta lista de moradores favoráveis à britagem no Local.
“Essa história de 300 pessoas a favor é mentira. Se quiserem, venham
fazer um inquérito em Cola Grande. Aqui não haverá britagem.”
Em resposta, a Direção dos Recursos Naturais e Energia garantem que a
empresa não opera ilegalmente e que todos os estudos exigidos por lei foram
realizados pela entidade competente.
“Foi feito um estudo de impacto ambiental, estudos geológicos e geotécnicos. A empresa tem título de posse da terra e cumpriu as recomendações técnicas após a suspensão temporária da britagem.” Daniel Neves / DGRNE

Segundo a direção, após uma visita multissetorial envolvendo várias entidades do Estado, a empresa terá cumprido as recomendações exigidas, razão pela qual a atividade foi autorizada a retomar. A instituição considera a barricada um ato de vandalismo e defende que o conflito seja resolvido pela via judicial.
“Quanto à barricada, repudiamos esse tipo de ação. Este é um caso que deverá ser resolvido em tribunal.” Daniel Neves

Do lado da Direção das Florestas o representante da instituição declara que:
"fez-se a consulta publica que é uma das fases do processo de avaliação do impacto ambientais aonde se chamou todos que vivem perto da pedreira para informar para ouvir da comunidade sobre essa atividade de exploração de inertes, e a população manifestou-se favorável sobre isso, e por outro lado a empresa apresentou a direção um estudo ambiental aonde contia todas as medidas do impacto ambiental e a direção concedeu a licença" Cicer da Graça | Técnico da Direção do Ambiente e Ação Climática
Enquanto isso outra porta-voz da comissão declara que:
"Não vamos parar, o Governo juntamente com a empresa encontrar um lugar propicio para que se transforme a pedra eu que vou dizer aonde que vão fazer a transformação de pedra essas atividades já estava em outra localidade porque que se tirou do outro lugar e vieram para cá será que não é mesma atividade, é só uma chamada de atenção" Bernadete do Espirito Santo / Manobro da Comissão
A Comissão dos Moradores de Cola Grande afirma que a barricada será mantida por tempo indeterminado e apela à intervenção do Governo para salvaguardar a saúde e a segurança da população.
Jornalista Varela Tavares
Imagem: Siclay Abril
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