A suspensão parcial das atividade da pedreira Samulin Xpress Construtora, Lda durou cerca de quatro meses, depois de uma manifestação da população da localidade de Cola Grande. Segundo as autoridades, o período serviu para a empresa implementar medidas ambientais e de segurança exigidas por várias instituições do Estado São-tomenses.
“Após esses meses de suspensão, a
empresa foi obrigada a adotar todas as medidas e recomendações emitidas através
de pareceres técnicos da Direção do Ambiente e Ação Climática, da Direção de
Recursos Naturais e Energia, dos Cuidados de Saúde, da Inspeção do Trabalho e
da Direção das Florestas. Hoje estamos aqui para verificar tudo o que foi feito
e declarar publicamente o levantamento da suspensão da empresa.”

No terreno,
os técnicos constataram algumas melhorias visíveis, como o controlo da poeira e
a recuperação ambiental parcial da área.
“Verificamos já algumas melhorias,
como o plantio de árvores adequadas para esse tipo de área. Também foi feita a
cobertura da esteira de processamento do material, o que reduziu
consideravelmente a poeira, que era alvo de grande reclamação da comunidade.”

Apesar
disso, muitos moradores questionam por que as medidas só foram tomadas após a
manifestação popular.
“Na verdade, já havia um acompanhamento antes da manifestação. Já existiam recomendações, mas a empresa não conseguiu mitigar o problema a tempo, até que a comunidade teve de agir.” Eng. Danilo
As
preocupações com a saúde da população continuam a ser um dos pontos mais
sensíveis do conflito.
“A população reclamava bastante de problemas de saúde, como tosse e gripe. Era uma preocupação nossa e fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, juntamente com outras instituições, para minimizar esses riscos. A licença já existia, mas estava suspensa. A partir de hoje levantamos essa suspensão. No entanto, haverá acompanhamento permanente para garantir que tudo decorra conforme as recomendações. Uma das medidas foi a retirada dos blocos de pedra e do barro próximos ao rio. Hoje podemos dizer que a comunidade já não se sente tão incomodada com essa situação.” Eng. Danilo Neves
Depois da
declaração de Daniel Neves a Comissão dos Moradores da Pinheira
rejeita a decisão das autoridades e diz que as reivindicações continuam sem
resposta.
“Nós não estamos de acordo com a
licença. Trata-se de uma pedreira dentro de uma zona habitacional e isso não
faz sentido. O que reivindicamos não foi resolvido. Queremos que esta empresa
seja retirada daqui. A lei já diz que uma atividade desta natureza não deve
funcionar numa zona habitacional.”

Enquanto
isso, uma outra parte da população defende a continuidade da empresa, alegando
benefícios diretos para a comunidade.
Ineias Policarpo / Morador a Favor do funcionamento da
empresa
“Estou a favor, porque a empresa fez tudo o que foi pedido: controlou o pó, fez estradas, plantou árvores e apoiou a população. Há condições para continuar a funcionar.”
Eneias Policarpo / Morador a Favor do funcionamento da empresa

Segundo esta
parte da população, há inclusive um acordo social firmado com mais de 300
assinaturas.
“Há um acordo para apoiar a
população com estradas, medicamentos e outras ajudas sociais. Por isso estamos
de acordo que a empresa funcione.”

A Comissão
dos Moradores, no entanto, contesta a legitimidade desse acordo e pede uma intervenção
firme das autoridades realçando que: “Essas pessoas não representam a
população. Pedimos à Direção do Ambiente e aos Recursos Naturais que tomem
decisões responsáveis. O que queremos é tranquilidade e respeito pela
comunidade.”

As autoridades garantem fiscalização contínua, enquanto a população mantem a ideologia firme da retirada da emprena Samulin Xpress Construtora, Lad na comunidade de Cola Grande ou que a mesma retire oque nessecita mas que faça a sua trasformação em outro local.
Por: Varela Tavares
Imagem: TVS
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