×
São Tomé e Príncipe avança para formação intermédia em epidemiologia de campo

O encontro, realizado na capital, contou com a presença de representantes do Governo e de instituições parceiras. O Ministro da Saúde abriu a reunião destacando a importância desta iniciativa.


"É com elevado sentido de responsabilidade e grande expectativa que lhes dou as boas-vindas, em nome do Governo de São Tomé e Príncipe, a esta tão importante reunião. Estamos aqui com um objetivo comum e urgente: fortalecer a espinha dorsal do nosso sistema de saúde pública, os nossos recursos humanos, com capacitação em epidemiologia de campo."




Segundo Celso Matos, a realidade do país exige um salto qualitativo.


"A história recente da Covid-19 e da dengue colocou-nos à prova. Estas não são meras hipóteses em manuais de epidemiologia. São perigos reais e iminentes às nossas portas. Precisamos imperiosamente dar o próximo passo."


O próximo passo é a criação de um programa de epidemiologia de campo de nível intermédio, alinhado com a Agenda Global de Segurança em Saúde.


"A criação de epidemiologistas de campo de nível intermédio em São Tomé e Príncipe significará mais do que formar técnicos. Significará investir na nossa soberania sanitária."



A coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Andresa Batista de Sousa, sublinhou o impacto esperado desta capacitação.


"O objetivo deste encontro é fortalecermos parcerias com vários parceiros para a implementação da epidemiologia de campo em São Tomé e Príncipe."




A responsável explicou ainda o que significa, na prática, a epidemiologia de campo.


"A epidemiologia de campo é formar técnicos em epidemiologia enquanto eles trabalham, para que possam fortalecer as suas capacidades de modo a prevenir, detetar e notificar eventos de saúde pública, tanto a nível nacional como a nível internacional."



O país já conta com 41 técnicos formados em epidemiologia de campo, mas a necessidade de reforço é evidente.


"Neste momento, 18 técnicos foram convidados no âmbito da massa saúde, tanto de saúde humana como animal e ambiental. Faz falta. Os epidemiologistas capacitados fazem muita falta, tanto a nível de saúde humana como a nível de saúde animal e ambiental...Neste momento, nós temos o nosso parceiro nacional e internacionais" desse a coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Andresa Sousa. 



O encontro deverá culminar com a definição de um roteiro claro para a implementação do programa, que pretende dotar São Tomé e Príncipe de maior resiliência e soberania no setor da saúde pública.


Fonte: TVS

Texto: Ednel Abreu