A reunião juntou representantes do Governo, parceiros técnicos e financeiros, sociedade civil, setor privado, academia e juventude, num momento considerado decisivo para o futuro da ação climática no país.

O projeto surge como resposta às vulnerabilidades específicas de São
Tomé e Príncipe enquanto pequeno Estado insular, fortemente exposto aos
impactos das alterações climáticas, como a subida do nível do mar, eventos
extremos e ameaças à agricultura, pesca e segurança alimentar.
“Este projeto marca não apenas um avanço técnico, mas também o
compromisso coletivo de São Tomé e Príncipe com a agenda global de
transparência climática e com o Acordo de Paris.”

O Projeto de Transparência Climática aposta no reforço das capacidades
institucionais e técnicas, com foco em quatro pilares fundamentais: capacitação
e informação, comunicação e engajamento, ferramentas digitais e sistemas, e
monitoramento e avaliação.
Durante o encontro, foi destacado o papel central da juventude e da igualdade de género, defendendo uma transparência climática inclusiva, participativa e sustentável.
“A transparência climática deve ser construída de forma inclusiva,
integrando a juventude, as mulheres e os grupos tradicionalmente
sub-representados nos processos de produção e gestão da informação climática.”

Outro ponto de destaque foi a necessidade de garantir a sustentabilidade
dos dados produzidos pelo projeto, através da criação de um Sistema Nacional
Digital de Dados Climáticos, sob soberania nacional, assegurando a preservação,
atualização e credibilidade da informação ao longo do tempo.

O Governo apelou ainda ao envolvimento das universidades e centros de investigação, como forma de garantir continuidade, formação especializada e gestão técnica dos sistemas.
“A governação dos dados climáticos é um ativo estratégico do Estado, essencial para o planeamento, a tomada de decisão e o acesso ao financiamento climático.”
Nilda Borges da Mata | Ministra do Ambiente de São Tomé e Príncipe

Com a validação do documento do projeto, São Tomé e Príncipe entra agora numa nova etapa, marcada pela implementação de ações concretas, cooperação entre parceiros e fortalecimento da credibilidade internacional do país no cumprimento das suas obrigações no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas e do Acordo de Paris.
Jornalista: Ednel Abreu
Imagem: Eriqueson Tavares
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