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A reunião juntou representantes do Governo, parceiros técnicos e financeiros, sociedade civil, setor privado, academia e juventude, num momento considerado decisivo para o futuro da ação climática no país.

 

O projeto surge como resposta às vulnerabilidades específicas de São Tomé e Príncipe enquanto pequeno Estado insular, fortemente exposto aos impactos das alterações climáticas, como a subida do nível do mar, eventos extremos e ameaças à agricultura, pesca e segurança alimentar.

 

“Este projeto marca não apenas um avanço técnico, mas também o compromisso coletivo de São Tomé e Príncipe com a agenda global de transparência climática e com o Acordo de Paris.”  Luc Gnonlonfoun   | Representante PNUD em São Tomé e Príncipe

 

O Projeto de Transparência Climática aposta no reforço das capacidades institucionais e técnicas, com foco em quatro pilares fundamentais: capacitação e informação, comunicação e engajamento, ferramentas digitais e sistemas, e monitoramento e avaliação.

 

Durante o encontro, foi destacado o papel central da juventude e da igualdade de género, defendendo uma transparência climática inclusiva, participativa e sustentável.


“A transparência climática deve ser construída de forma inclusiva, integrando a juventude, as mulheres e os grupos tradicionalmente sub-representados nos processos de produção e gestão da informação climática.” Nilda Borges da Mata  | Ministra do Ambiente de São Tomé e Príncipe

 

Outro ponto de destaque foi a necessidade de garantir a sustentabilidade dos dados produzidos pelo projeto, através da criação de um Sistema Nacional Digital de Dados Climáticos, sob soberania nacional, assegurando a preservação, atualização e credibilidade da informação ao longo do tempo.

 

O Governo apelou ainda ao envolvimento das universidades e centros de investigação, como forma de garantir continuidade, formação especializada e gestão técnica dos sistemas.

“A governação dos dados climáticos é um ativo estratégico do Estado, essencial para o planeamento, a tomada de decisão e o acesso ao financiamento climático.”

Nilda Borges da Mata  | Ministra do Ambiente de São Tomé e Príncipe

 

Com a validação do documento do projeto, São Tomé e Príncipe entra agora numa nova etapa, marcada pela implementação de ações concretas, cooperação entre parceiros e fortalecimento da credibilidade internacional do país no cumprimento das suas obrigações no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas e do Acordo de Paris.


Jornalista: Ednel Abreu

Imagem: Eriqueson Tavares

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