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O episódio que envolve profissionais da comunicação social no Tribunal continua a gerar indignação. Ontem, vários jornalistas que se deslocaram ao local para a cobertura de uma sessão pública afirmam ter sido barrados e impedidos de trabalhar. Hoje, o Sindicato dos Jornalistas reagiu à situação.



“Bom dia a todos. É verdade que o sindicato de jornalistas tomou conhecimento da situação triste que aconteceu ontem no tribunal, à volta de uma questão que deveria ser tratada no fórum jurídico.”


“A imprensa foi convidada, tendo em conta a dimensão que a situação chegou. A cobertura da imprensa foi convocada e os profissionais fizeram-se presente para, de fato, relatar os fatos.”

“Estranhamente, viemos a saber que os colegas foram barrados, tiraram os equipamentos, máquinas e acessórios.”

 “Entendemos que isto não é a melhor forma de nos relacionar com a imprensa, porque a nossa missão é de informar.”

 “Em momento nenhum, nós fomos formados para desestabilizar. A nossa formação nos conduz ao respeito, à ética e por aí falar com alguma responsabilidade.”

 “A todo título é repudiável esta situação. Lamentamos isso. Ainda mais também isso decorre no tribunal.”

 “Entendemos que o tribunal também devesse pronunciar sobre esse assunto, porque é a vida das pessoas que estão em casa. Saíram com uma missão e, portanto, nós não convivemos com isso.”

 “Apelamos que as instituições de direito, como, por exemplo, os órgãos de soberania, comecem a perceber que isto para nós não é incómodo, mas é um perigo.”

 “Estamos numa democracia onde os jornalistas devem ter uma margem de profissionalismo e que não existe, são impedidos, são intimidados. É grave.”

 “O que eu peço, mais uma vez, é que não ponham em causa a vida dos profissionais da comunicação social.”

 “O sindicato jornalista condena veementemente esta situação e apela que a gente faça com que respeite o jornalista no exercício da sua profissão.”


O Sindicato pede ainda que o Tribunal se pronuncie oficialmente sobre o caso e reforça que a liberdade de imprensa é um pilar fundamental da democracia. Enquanto isso, os profissionais exigem respeito e garantias de segurança no exercício da sua função.