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O Recenseamento Geral Agrícola, iniciado a 8 de novembro, aproxima-se da fase final. Segundo o responsável do projeto, João D’Alva, o trabalho de recolha inicial tem sido positivo, apesar de algumas dificuldades técnicas e logísticas.

 

“Eu faço um balanço positivo dos trabalhos. Das 53.564 famílias previstas, já foram visitados mais de 47 mil agregados. E desses, mais de 35 mil foram confirmados e entrevistados. Portanto, o trabalho está a ir a bom ritmo”.

 

João D’Alva explicou ainda que alguns desafios marcaram esta fase inicial, destacando problemas com tablets, recusas e a inexistência de diversos agregados:


“Tivemos algumas recusas e muitas casas fechadas. Pelos dados que temos, são mais de 10 mil agregados inexistentes, o que corresponde a cerca de 22%. Muitas pessoas viajaram, outras faleceram, segundo informações recolhidas no terreno”.

 

No terreno, os agricultores reforçam a relevância do recenseamento e da própria agricultura para a sobrevivência das famílias. Alexandre Rosari, produtor agrícola, destacou que a agricultura continua a ser o principal sustento.

 

“Para mim, a agricultura dá muita importância. Se não fosse a agricultura, nós não teríamos nada na nossa vida. Com ela, conseguimos ir para frente”.


 

O agricultor explica que espera mais apoio e diversificação de produção, incluindo a possibilidade de criar animais:


“Eu estou apostando mais na agricultura porque aquilo que está a sair da roça está a render um pouco. Já foram à minha casa, fizeram perguntas sobre agricultura e pecuária. Disseram que iam trazer animais, mas ainda não chegaram. Estou à espera, porque só o cacau não dá”.

 

A próxima fase do Recenseamento está prevista para o próximo ano e será mais detalhada, conforme explicou João D’Alva:

“Na segunda fase, vamos trabalhar diretamente com os produtores no local de produção. Vamos recolher dados sobre área, calcular a produção nacional e obter outras informações essenciais”.

 

Com a recolha a caminhar para o fim dentro do prazo, o Ministério da Agricultura e o INE esperam que os resultados ajudem a traçar políticas mais eficazes para o setor agrícola, considerado fundamental para a economia do país.

Texto: Ednel Abreu

Imagem: TVS

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