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O encontro, promovido pelo Instituto Nacional de Obras Públicas e Urbanismo (INOPLA), destacou a necessidade de uma abordagem integrada para enfrentar os principais problemas urbanos do país, como o crescimento desordenado das zonas periféricas, a falta de saneamento básico, o acesso limitado à água potável e energia e os riscos crescentes das alterações climáticas.


“O urbanismo é um compromisso com um futuro sustentável e inclusivo. É através de um planeamento urbano integrado que garantimos infraestruturas adequadas, habitação digna, saneamento básico, mobilidade eficiente e espaços públicos de qualidade.”


As dificuldades tornam-se mais evidentes nas áreas periféricas, onde o crescimento urbano desordenado tem comprometido a qualidade de vida e a segurança das populações.


“A nossa população está a crescer e muitas famílias fixam-se em áreas periféricas com condições muito precárias. O que aconselhamos é que o país avance com o Plano Nacional de Ordenamento do Território, que está em fase final de aprovação, para orientar onde e como construir.”


As mudanças climáticas foram também destacadas como um fator de risco crescente, agravando fenómenos como erosão costeira, deslizamentos de terra e aumento do nível do mar.


“Novas urbanizações devem considerar construções sustentáveis e adaptadas às nossas vulnerabilidades ambientais, para garantir maior segurança aos habitantes.”


O evento encerrou com um apelo à participação cidadã no processo de desenvolvimento urbano, reforçando a ideia de que o planeamento das cidades deve ser construído com a voz e o contributo de todos.


“Todos somos chamados a participar e a sonhar com a cidade que queremos deixar às gerações futuras.”


O Instituto Nacional de Obras Públicas e Urbanismo sublinha que o futuro do urbanismo sustentável em São Tomé e Príncipe dependerá da cooperação entre o Estado, as comunidades e os parceiros internacionais. A aprovação do Plano Nacional de Ordenamento do Território é vista como um passo essencial para garantir cidades mais seguras, inclusivas e resilientes, capazes de responder aos desafios do desenvolvimento e das alterações climáticas.