×
100 agentes no terreno marcam início da segunda fase do III Recenseamento Geral Agrícola em STP

O país volta a realizar o recenseamento geral da agricultura depois de mais de três décadas.




O último levantamento aconteceu em 1991 e foi publicado em 1993. Antes disso, o primeiro recenseamento ocorreu em 1964, este sábado a segunda fase do III Recenseamento Geral Agrícola deu-se iniciu em São Tomé e Príncipe.


“O recenseamento geral da agricultura tem como propósito colher informações gerais sobre o estado da agricultura. O país não dispõe, neste momento, de dados atualizados sobre a área cultivada, o número de produtores, a proporção entre homens e mulheres no setor, nem sobre a pecuária. Este levantamento permitirá conhecer a realidade do setor e planear o seu desenvolvimento.”
acrescentou o Hermenegildo do Santo | Representante do Ministério da Agricultura.





O recenseamento será conduzido em três fases, envolvendo 100 agentes recenseadores, dos quais 95 atuarão em São Tomé e 5 na Região Autónoma do Príncipe, apoiados por 25 controladores e 9 supervisores.


“É importante que os agricultores colaborem com os inquiridores, respondendo com sinceridade às perguntas, porque só assim teremos dados fiáveis para o planeamento do setor. Pedimos à população que receba os agentes com um sorriso.”




O processo de recolha de dados vai decorrer por um mês nesta primeira fase, sendo complementado por outros módulos em janeiro. O levantamento comunitário será feito junto dos líderes locais, e um módulo complementar permitirá aprofundar questões sobre produção, produtividade e mão de obra.


“O INE tem uma responsabilidade direta neste recenseamento, apoiando tecnicamente o Ministério da Agricultura, uma vez que é o órgão responsável pelos censos e inquéritos no país.” disse a Ernestina / Representante do INE




Segundo o Ministério da Agricultura, os resultados finais do Recenseamento Geral da Agricultura 2025 deverão ser publicados em junho do próximo ano. O objetivo é dotar o país de um retrato fiel do setor agrícola, capaz de orientar políticas públicas e atrair investimentos que reforcem o desenvolvimento rural sustentável.



O recenseamento é visto como uma oportunidade para reorganizar o setor agrícola e reforçar a segurança alimentar em São Tomé e Príncipe.


Texto:Varela Tavares

Imagem: TVS