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Após várias reuniões com o Governo, incluindo um encontro recente no gabinete do Primeiro-Ministro, os profissionais da comunicação social decidiram avançar para a greve, alegando que os compromissos assumidos não foram cumpridos.


“Tivemos encontros com o Governo e assinámos um memorando de entendimento que dava 20 dias para resolver os problemas levantados. Mas nada foi cumprido. Por isso, decidimos entrar em greve amanhã às 7h.” disse Fernanda Costa Alegre   Secretária do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos Santomenses



Durante a paralisação, o sindicato garante apenas serviços mínimos na Rádio Nacional, como o serviço da agenda pública. Já a TVS estará totalmente parada, conforme a lei.


“Na Rádio Nacional será garantido o serviço mínimo. Na TVS não haverá qualquer emissão. É o que está previsto na lei.”


A principal razão da discórdia está na gestão da taxa do audiovisual, que segundo o sindicato, falta transparência e clareza quanto à utilização dos fundos.


“Desde o início desse processo tem havido falta de transparência. A EMAE diz que colocou o dinheiro, o Governo diz que não recebeu. E nós ficamos sem saber quem fala a verdade.”


Para além da questão financeira, os profissionais pedem melhores condições de trabalho, respeito e dignidade salarial.



“Nós queremos melhores condições de trabalho, o que não temos. Queremos uma dignidade salarial, o que não temos. Queremos respeito, o que também não temos.”

A sindicalista denunciou ainda falta de respeito institucional, referindo casos em que jornalistas são impedidos de entrar em eventos oficiais devido à forma como estão vestidos.



“Muitas vezes somos barrados em atividades oficiais por causa da roupa, quando saímos para trabalhar sem saber que haverá um evento. Isso é falta de respeito.”

Apesar do clima de descontentamento, o sindicato garante disponibilidade para continuar as negociações durante o período de greve.



“Entramos em greve, mas as negociações não estão suspensas. Podem continuar durante a greve.”


A greve dos jornalistas e técnicos da comunicação social já esta em vigor, sem data prevista para terminar




O sindicato espera que o Governo apresente respostas concretas para resolver as reivindicações e garantir condições dignas aos profissionais da informação em São Tomé e Príncipe.